31 julho 2005

Pronto. O médico me liberou para um repouso, assim, relativo. Modos que, graças a Deus, eu não preciso ficar tanto tempo deitada ou com as pernas para cima. E eu, feliz por pensar que poderia ficar horas na Internet, me enganei, já que não consigo ficar sentada normalmente, sinto que meus joelhos crescem e me incomodam...pfff...
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Por favor, eu já tentei de tudo, em vão, pois não consigo fazer com que os arquivos do mês passado sumam da página principal e fiquem guardadinhos ali “no que já foi”. Eu já acertei os settings para arquivamento mensal, já mexi em outras coisas e desisti. Alguma alma caridosa pode me ensinar? Vc não conhece alguém que saiba? Ai, plís me ajude.

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Olhem! Eu era totalmente viciada no blog da Flabby até que ela parou de escrever, para tristeza geral, tenho certeza. Mas os arquivos ainda estão lá!! Corre lá ver se eu não tenho razão em ter ficado tristíssima com o fim dos seus escritos.

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Não tem o que fazer ou tem muito o que fazer e simplesmente, não quer? Distração bacaninha aqui! Mil joguinhos engraçadinhos. Dica do fio fofinho.

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Tenho estado feliz e tranqüila. Serenidade não é companhia constante. Vou aproveitar e simplesmente ser enquanto é tempo.

28 julho 2005

Maloca, Turmalina, Nanda e Rose são umas coisas de doido que me deixaram toda quentinha com os recadinhos. Obrigada, queridas!!!
Bem disse a Fal que ter um blog é coisa boa demais!

Agora, olhe só o que a Rose me apronta: “Se essa operação não for ficção: feliz recuperação. Isso você tira de letra. Arrumar variz é tarefa de aprendiz. Mais fácil que trançar a lã, fazer o gorro, o forro, a janela, a taramela. Variz é um rio que às vezes de tanto peixe resolve desviar o curso. Daí um engenheiro arruma. A pele é a areia e a carne é a terra da tua palma a acariciar a perna quando ela ficar boa.”

Oooonnnn....
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Lendo Várias Histórias, de Machado de Assis; uma seleção quente de contos cheios de traição, inveja, paixões, culpas, desencontros, perfídia...credo...adoro personagens perturbados e perturbadores. Adoro!
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Alguém sabe o que é privacidade?
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Muita comoção a respeito do rapaz brasileiro, morto por engano pelos policiais ingleses. Tá certo. Só os policiais brasileiros podem fazer isso. Entendi, agora que caiu a ficha. É uma questão de preferência nacional.

27 julho 2005

Já fiz a cirurgia das varizes. Micro-varizes, na verdade, mas agora trocarei aquele esverdeado das minhas pernas por um discreto tom leite desnatado. :P
As pernas ficaram enfaixadas dos pés até a sobrecoxa e o pior é essa recuperação que tem que ser em repouso, com as pernas para cima. Andandinho de vez em quando. Então, é hora de ler a pilha de livros e tricotar quilômetros de lã...
Mas e as meias Kendall? Rá! E as meias Kendall? Média compressão da putaqueopariu, me desculpem, mas levei horas para enfiar as pernas nelas. Suei, xinguei, bufei, fiquei com os tornozelos juntos e não conseguia fazer a coisa subir até os joelhos. Depois de muita luta, consegui. E com medo, já que estou forrada de esparadrapos. Pfffff....foi um espetáculo medonho.
Com certeza que inventou foi um homem. E sem coxas.
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Momento ternurinha
Pós operatório, no telefone:
- Muí, muí, estou sofrendo, sofrendo...
- O que foi, vc não está bem? Tá doendo?
- Não, muí, essa agulha de tricô de madeira está pegando demais na lã. Compra de plástico para mim?
- Annn...como é essa agulha? Onde tem?
-(...)
- ...e traz lanchinho feliz, aqueles que vem com cachorrinho de brinde?
-Ah, não acredito. Eu levo.
Eu tenho ou não tenho o melhor marido do mundo?
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Mais uma da série “Meu filho é um fofo”
- Filho, eu não me canso de olhar para você.
- Ai, mãe, você vai acabar ficando com LER.
Posso com isso?

24 julho 2005

"Fico vendo meus filhos e seus amigos e percebo que os tempos são muito mais difíceis hoje para eles. O inimigo é mais velado. Não é a Ditadura, que prendia e matava os nossos amigos, ou a Guerra do Vietnam, ou mesmo os nossos pais, que eram tão visceralmente diferentes de nós.
O inimigo hoje é velado e se esconde nas pequenas atitudes do cotidiano: o cinismo, o individualismo, o querer se dar bem a todo custo, a falta de solidariedade, de companheirismo, de gentileza, de respeito pelo outro. São quase invisíveis, mas estão aí, corrompendo e deixando uma angustia extrema nos corações e mentes mais sensíveis. Meu filho mais novo diz que a cobrança é pesada. Ninguem diz claramente, mas dos meninos se exige que escolham uma profissão que lhes dê status no futuro, tenham uma vida de sucesso, encontrem uma menina linda e rica para ser a mãe dos seus filhos e ainda por cima sejam muito felizes. Isso com 18 anos! Ele não entende e não aceita. E sofre pra caramba.
A diferença entre a geração dele e a minha é o verbo: enquanto a dele é TER, o da minha era acima de tudo o SER. Eu tenho certeza de que a melhor época da minha vida foi justamente essa, fins de 60 inicio de 70. Mesmo com o terror de prisões e mortes de parentes e amigos. Dentro de mim, de vestido comprido, cabelos longos, cheia de duvidas e esperanças, aí é que fui mais
plenamente, serenamente, orgulhosamente, naturalmente, conscientemente eu mesma. Meu pico de felicidade."


Pedacinho do texto tão gostoso da Beth. Leia tudo aqui e me responda, você tem ou é?

23 julho 2005

Então, tem gente que acha que é inteligente e cool só porque ouve Miles Davis, acredite.
Eu também adoro, mas sou uma mula e não sou fodona.
E quero me trancar no quarto escuro e ficar ouvindo Depeche Mode, isso sim.
I´m taking a ride with my best friend
I hope he never let me down again
He knows whre he´s taking me,
taking me where I want to be
I´m taking a ride with my best friend
We´re flying high
We´re wathing the world passes by
Never want to come down
Never want to put my feet back down
On the ground.

Never let me down,
never let me down.

22 julho 2005

Felizes aquisições no sebo, para o desespero do Marido que não lê e acha o fim do mundo eu comprar livros velhos, empoeirados e detonados:
O nome da rosa - Umberto Eco.
Lolita – Vladimir Nabokov.
Orlando - Virgina Woolf. Dentro deste veio uma figurinha do chocolate Surpresa, de um tamanduá chamado Mambira, provavelmente o marca páginas.
O Amante - Marguerite Duras...ah, e a primeira folha deste foi rasgada. Um pedaço onde, provavelmente, havia uma dedicatória e, meu Deus, como eu queria saber o que estava escrito. No sebo achei um livro sobre a Bauhaus, que foi de uma tia, olhe só.
E eu não perdi o costume que tenho de ver um livro que eu tinha e que sumiu e abrir a primeira página para saber se o dito-cujo não foi outrora meu. Faço isso no sebo e na biblioteca pública, uma neurose.
Engraçado andar entre as prateleiras e lembrar de livros que tinha...onde estarão....no beleléu? No escambau? Será que foram lidos? Ai, onde estarão meus livros?
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Sorte de hoje, do profeta Orkut: "Se seus desejos não forem extravagantes, eles serão realizados."
E eu lá tenho desejos que não sejam extravagantes?
Desejos simples não são desejos, são apenas vontades.

21 julho 2005

Dizem alguns livros que cor é uma sensação consciente de um indivíduo cuja retina se acha estimulada pela luz.
Hm.
Para uns laca rosa dourada é cor, para outros F#9F5F9F, CYMK, RGB, Pantone.
Mas vamos lá: tem coisa mais gostosa e, aparentemente, completa e esclarecedora que dizer vermelho tomate, verde limão, verde abacate, amarelo gema? E o azul céu, o azul piscina, o verde grama, oliva, pistache, mostarda, goiaba, cenoura, terracota, cereja, pérola, palha, creme, areia.
Me lembrei de uma amiga que foi a uma palestra sobre tendências de moda e o palestrante disse que o quente para o verão seriam os tons assorvetados, ou seja, tons pastéis, cores de bebês. Graças a Deus eu não ouvi mais esse termo assorvetado. Mas veja bem, a necessidade da sensação do sorvete geladinho e clarinho...
Fiquei pensando nisso ao escolher uma cor para colorir os brancos, digo, prateados que se destacam, rebeldes, aqui no alto do cucoruto.
Pensei nos tinturistas mudernos que fazem luzes em tons de manteiga, camomila, caramelo, chocolate...
Daí, voltei a realidade, a minha e, entre cereja, borgonha, tabaco, avelã, mel sublime, marrom elegante, castanho aveludado, fiquei com o marrom sedução.
Ficou bom, muito bom.
Cores são, definitivamente, sensações.


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Descobri que meu filho mais novo chora vendo alguns dos programas do Animal Planet. Ele não suporta ver um bichinho sofrer. E ele chora.

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Sabe aquela pessoa especial, que me deu casa, carinho, comida e carona em SP?

Então, agora ela tem um blog e é uma delícia, como ela é, a Maloca.

18 julho 2005

Hoje eu acabei meu cachecol e fiz outro, para a sogra. Tem mais três na fila. Já tem quatro livros empilhados. Como é bom ter tempo...aliás, tempo para mim é algo que só existe quando estou de férias. Somente. Eu sei, é mais uma de minhas nóias.

Soulseek newbie: tou quase louca com tanta música. Álbuns inteiros. Carla Bruni, Jack Johnson, Joni Mitchell, Pearl Jam, Chet Baker, Kenny Wayne Shepherd, Depeche Mode, Coldplay, Duran Duran, John Mayer, Blues Traveler, The Police, Norah Jones, Billie Holiday, The Verve, uma mistureira deliciosa…
Eu, sinceramente, preferiria ter todos os originais. Gosto do CD certinho, dos encartes, das fotos, das letrinhas das músicas, tão pequenininhas. Gosto de xingar os infelizes que não inventam uma caixa à prova de quedas. Mas eu não tenho dinheiro, nada.

Aproveitando as férias para ser irresponsável e adolescente: eu e meus filhos fazemos as mesmas coisas o dia todo. Ando tão contente que estou até com medo.

Sou só eu ou a vida da maioria das pessoas que leio é muuuito mais interessante?

Ai, M., deixa a gente contar logo, vai?


Don´t worry about me, acabou de dizer a Billie....hmmm...

16 julho 2005

Pois hoje eu quero ficar de pijama, meias e meus óculos fundo-de-garrafa-de-champanhe. Vou prender o cabelo. Já fiz um canecão de chá de gengibre, cravo e canela, que ao longo do dia vai ficando mais ardido. Falta só a pinga. Pois vou mandar todo mundo embora de casa aos gritos, trancar a porta e assistir a cinco filmes, um atrás do outro, dormindo, de quando em quando. Vou fechar a janela, abrir a bicama e transformar o sofá num ringue com edredon e travesseiros. Vou comer pipoca, macarrão de ontem, tomar café com leite e não vou escovar os dentes. Vou deixar o telefone tocar até trincar. Hoje eu não falo com ninguém.

Nah, até parece...tenho que fazer almoço, mercado e minha mãe diz que vem aqui me visitar. Janta. Hoje é sábado e temos marido o dia todo em casa. Eu não tenho saída.

Adio para um dia de semana desses, já que estou de férias. Mas eu precisava tanto hoje...tanto.

15 julho 2005

Então eu fui a Sumpaulo. Fui muitíssimo bem cuidada pela Marlene, que iria me levar para passear de kombi azul, com cortininhas na janela e câmbio com siri (que supostamente deveria mudar de cor conforme a variação da umidade do ar), mas não deu...ai, que pena...
E eu conheci sua mãe, que já adotei, D. Aurora, uma mãezinha fofa demais.
Maloca me deu casa, comida, carona, carinho.

Fomos, então, a uma das festas mais gostosas da paróquia. Comi feito uma doida, embora a dona da festa tenha achado o ranger dos dentes muito fraco. Morangos na banheira, já comeu? Morangos picados, suspirinhos esmigalhados e creme de leite. Simples assim, ó. Torta de palmito da D. Aurora, minha recente mãe. Vinho quente, mil patês, tortas, pães, bolo, cuzcuz. Torradinhas em forma de coração, com um bico de pitanga de creme de alho e uma pimenta rosa em cima, feitas por uma moça linda de longos cabelos loiros. Tudo de muito chique.
Ai e lá tinha gente bonita, interessante, papo gostoso. Delícia!
E os donos da casa, ai, meu Deus, duas coisas de louco. E ela, Bibi, também me deu carinho e caminha quentinha. Amor demais!

Masp e eu feito uma boba deslumbrada e com vontade de chorar na frente das bailarinas do Degas. Ah, coisa de infância, me poupem.

E, como não ia ficar mais que o fim de semana, fui com um sapato só. De salto, modos que não dava para ficar andando muito e meus pés estão moídos e com bolhas. Então voltei.
Eu estava com saudades de casa...de verdade.

08 julho 2005

- Mãe, você tem cheiro de bons tempos.
Eu não tenho que amar desesperadamente esse menino?
Poeta.
Ele não gosta de ler e me disse que poetas são cinzentos. Nisso abri o maravilhoso Releituras para mostrar a ele uma poesia e ele gritou: “Viu só!!!!! Eles são cinzentos!!!”.
E as fotos do site são todas em preto-e-branco.
Sim, para ele, os poetas são cinzentos, mas ele é cor-de-rosa.

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Quem queria estar lá ponha o dedo aqui.









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Sabe por que as mulheres são como são?
Seres super evoluídos?
Por que temos seios, bunda grande e queremos ser loiras?
Eu não sei, não, mas este aqui não só sabe, como tenta provar!
É, no mínimo, divertido.

07 julho 2005

Fééééééérias
Esperadíssima viagem a Sumpaulo, para ver gentes queridas e maravilhosas!
Livros
Tricô e crochê
Webwebweb
Livros
Cirurgia nas pernocas. As veias. Nada de mais.
Pic-nic.
Faxina nos armários
Canjica
Livros
Blogs
Corel, Photoshop e Html
Pasteladas despravadas
Café com as amigas
Feijãozinho amigo da Má.
Livros
Reprises de enlatados americanos a tarde toda.
Prateleiras
Livros
Dexter, Bob Esponja, Coragem
Filmes antiqüíssimos
Dormir de tarde
Pipocas
MSN
Sebos
Fotos na parede
Livros
Férias

05 julho 2005

Então hoje eu pifei. Fui ao pronto-atendimento do hospital com uma quase crise de asma. Nervoso, cansaço, saco cheio e raiva, eu sei, eu sei. Falta de controle.
Mas o pior não foi isso. O pior foi eu ter tido uma crise de choro na frente do médico. E ter me trancado no banheiro do hospital e não conseguir parar de chorar. Olha o vexame!!!! Que vergonha!
Meu Deus, o que foi aquilo?
Depois, soro com medicamentos, inalação e uma tarde dopada.
O negócio é que eu nunca choro. Modos que, se eu chorasse de pouquinho pelas pequenas coisas, acho que a represa não estouraria com tanta violência.
Bem-feito.
Eu tenho 35 anos. Acho que dá tempo para mudar, não?


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Filmim do final de semana: Desventuras em série.

Três órfãos ficam sob a guarda (e tentam fugir o tempo todo) do Tio Olaf (Jim Carrey), uma criatura esquisitíssima que só quer a herança das pobres crianças que vivem as desventuras do título.
Vou te contar que adorei os cenários sombrios, as ambientações, a casa no penhasco. Te conto que me agradou a mistura de elementos de diversas épocas e o fato de que Jim Carey não estava tão careteiro.
Os pequenos atores, lindos de morrer. O menino leu aquela biblioteca toda...só em filmes mesmo, que delícia...
A voz gostosa que narra é do Jude Law, aquele homem.
Tem a Meryl Streep numa personagem engraçada que poderia ter ser criada por Lewis Carroll.
Também te digo que nos créditos finais tem muitos desenhos bacanas. Fique vendo, se vc gostar.
Porém, para variar, esperei demais. É um filminho gostosinho, sim, com seus encantos, mas tenho certeza que os livros são maravilhosos. São do Lemony Snicket.

02 julho 2005

Eu vi e ouvi no GNT ontem.
Aquela modelo que é a mais linda do mundo, a Adriana Lima, questionada sobre onde fazia suas compras de roupas, nos informou singelamente que não compra lá fora, as roupas são grandes. Que vem aqui no Brasil comprar. Oooooooooonnnnnn.....que doce!
Vou providenciar meu passaporte e organizar um bate-e-volta para poder comprar umas calças com lycra lá em Milão.
Quando eu falo que só tem roupa pra gente magra aqui, Marido acha que estou dando desculpas por não gostar de nada que visto.

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End procrastination now.
Hypnotise yourself. Get things done. Be excited in just one cd session
.
Vi esse link e tive que me controlar para não clicar...ah, ah, ah...é sério...eu preciso de férias.

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…e a vidinha corriqueira continua. Todos os anos, nesse mesmo mês, invariavelmente, estou a ponto de explodir. Seis meses nessa pauleira já me cansaram. Talvez seja o relógio biológico: em junho os alarmes estão soando doloridamente no meu pescoço, na minha cabeça, no diâmetro da cintura que está aumentando.
Trabalho desgastante, estressante, chato, burocrático, repetitivo, mediocridade, gente burra.
Agora tem os trabalhos da facul, mas, apesar de estar sobrecarregada, fico feliz de estar estudando, respirando ares de universidade. Por outro lado vem uma certa, uma certa não, uma enorme frustração de não poder estar lendo, vendo e fazendo tudo que vai surgindo na cabeça e as horas são poucas para tanto. E estou atrasada...
E o corpo não agüenta mais, vamos falar sério.
Hm. E vêm os ataques de ansiedade, as crises de falta de ar e eu não sei lidar com essas coisas. Vou ficar uma velha enlouquecida e asmática, pelo visto.
E o que vou escrever aqui? Sobre viagens bacanas? Fotos dos projetos criativos da facul? A reforma da casa? Coisas bonitas? Poesia? Pitacos inteligentes? Um prêmio? Será?
Às vezes, acho que não dá mais tempo para ser o que quero ser no futuro. Já está tarde demais.
Será?
Que venham as férias, por favor.