Não que eu não me reconheça nessa preguiça, mas é que eu estranho estar tanto tempo enfiada nessa leseira que me impede até de pensar direito e ter vontade de dar risada. Ainda estou decidindo se estou me boicotando, fugindo ou apenas de saco cheio de tudo mesmo. Não é depressão, pois dá sono e eu mal durmo. Ponho a culpa no calor, no progesterônio, nessa falta de espaço. Na insistência das pessoas em falar comigo. O ser humano precisa de espaço, mas do que de tempo, foi o Henry Miller que me disse isso e achei de uma lucidez imensa. Me falta espaço com silêncio ou música, assim como no olho do furacão, apesar de não haver nada demais em volta, nenhum drama expressivo. As pessoas me cansam. Por que a culpa disso tem que ser sempre minha? Ora, eu sou extremamente sujeita aos fatores externos e ainda não estou protegida o suficiente prá evitar de me aborrecer com tudo. É só preguiça e saco cheio do mundo mesmo, a certeza de estar no lugar errado. Me cansa a dependência das pessoas e talvez a minha mesmo. E minha incapacidade pra mudar alguma coisa.
Basicamente é isso.

Da minha mãezinha, dia desses no Orkut (é, minha mãe tem Orkut, tá?):

'uiaaaaa

Que nitinha, veio dia 10 de fevereiro no meio de um carnaval, todo o povo atravessando um carnaval de rua, tipo...quem tá aqui não sai e quem não tá nem chega.

kkkkkkkkkkk
Nasceu toda rosada no hospital Sales Gomes, nitiiiiiiiiiiiinha, toda cheia de melindres.

Um bando de enfermeiras dizendo...aaaaai, que coisa mais liiinda.

Bom, quando eu sai de casa lá sabia que vc queria mesmo era pular, sempre ousada, tagarela e sorridente.
Vc é minha ilha grega, eu sempre soube que você ia vir para nós.

Grata sou a Deus por ter nos dado você.

Amém '

:D

Bom, post de hoje prá provar to whom it may concern que eu realmente não presto:

Das minhas amadas Rainhas
Damascos com gorgonzola e geléia de pimenta da Companhia das Ervas. Você abre o saquinho de damascos e devora os menorzinhos, rápido, antes que alguém veja. Depois você, com paciência e resignação, abre os damasquinhos sem separar as metades, recheia com um pouco de gorgonzola amassadinho e cobre com uma camada da geléia. Vá acomodando as belezinhas num pratinho bonito e faça bonito pro seu marido ou amigos. Aqui devoramos com um lambrusco barato, da liquidação da importadora, nós somos pobres e metidos a besta. São mil sabores e texturas se misturando na boca, uma coisa sensacional. Imagine com queijo brie, então. Meu Deus.

No mês passado eu fiz essa receitinha do Mixirica, também com damascos, ô perdição. Valem cada centavo. Coma com um espumante branco, leve e geladinho, gemendo e virando os olhos.

Do Kafka na praia: Cake de pêras e roquefort

Minhas considerações*:
Sou péssima em medidas, uma criatura sem loção e não tenho balancinha e usei essa tabela de medidas aqui.
Usei gorgonzola e esqueci de comprar o emmental. Uma pena.
Da próxima vez eu uso mais um pouco de sal.
Usei uma assadeira pequena, tenho que comprar uma forma de bolo inglês.
A massa fica mais líquida do que massa de bolo.
Eu deveria ter untado muito bem o papel manteiga e, como deixei um pouco a mais no forno, o fundo grudou no papel, mas sem queimar. Mas isso não fez mal, não.
O cheiro desse trem assando é uma coisa enlouquecedora.
A maciez da massa, o doce das pêras e o picante do gorgonzola é uma combinação celestial.
Você TEM que provar isso !!!!


* 'Minhas considerações’ é coisa de gente besta mesmo.

Tá, tudo isso porque estamos numa quinta-feira, infernamente quente, janeiro já era, meu corpo dói, life sucks e eu precisava me distrair de alguma forma, enfim.